O EBOLA é uma doença do tipo Febre Hemorrágica causada por um vírus da família Filoviridae.
As Febres Hemorrágicas (EBOLA), são zoonoses, em sua maioria associadas a animais silvestres como primatas, roedores e possivelmente morcegos.
Transmissão
No caso do EBOLA, a transmissão se dá pelo contato das múltiplas secreções humanas entre indivíduos contaminados, ou seja, contato com saliva, lágrima, suor, vômitos ou qualquer outra secreção contaminada, mas o mecanismo de transmissão ainda não está muito bem esclarecido, podendo ainda ser transmitido por aerossóis, o que faz desse vírus, um potencial para Arma de Guerras Biológicas.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia severa, vômitos e hemorragias, esta última pouco menos frequente.
Mortalidade
A doença pode ser extremamente mortal, variando com taxas de 30 a 90 % de mortalidade.
Epidemia
Supõe-se que esta última epidemia muito descrita nos veículos de mídia, tenha iniciado em dezembro de 2013 num pequeno vilarejo chamado Guéckédou no Guiné, oeste da África, com uma criança de 2 anos de idade que acabou falecendo subitamente. Logo após, pacientes com os mesmos sintomas começaram a surgir em pequenas vilas próximas à descrita, propagando a doença, que hoje é uma epidemia no continente africano. Os costumes do sepultamento africano, que é o de beijar e abraçar o cadáver por horas e até dias, pode ter contribuído para a propagação da doença.
No Brasil ainda não possuímos nenhum caso descrito, mas em virtude da facilidade dos indivíduos viajantes propagarem o EBOLA no Brasil, o Ministério da Saúde aumentou a fiscalização de saúde em nossas fronteiras (Estado de São Paulo, 06/08/2014), evitando a propagação no território nacional.
Tratamento e Cura
Até o momento o EBOLA não tem cura, e o tratamento é feito apenas com medidas de suporte (hidratação, alimentação e controle clínico).
Uma esperança surgiu nos Estados Unidos com o uso de uma medicação (Zmapp), confeccionada por um pequeno laboratório dos EUA, o Mapp Biopharmaceutcal Inc. que possui apenas 9 funcionários, sendo usada em dois norte-americanos contaminados, demonstrando uma melhora dos sintomas em questão de horas.
Este medicamento é feito com extrato de três anticorpos monoclonais produzido com plantas, especialmente a nicotina, mas ainda não foi aprovado pelo FDA para uso em humanos, e só foi liberado neste episódio em virtude do cenário ser considerado de alto risco.
Vamos torcer para que o novo fármaco possa curar esta terrível enfermidade.
Fontes
- The New England Journal of Medicine (Emergence of Zaire Ebola Virus Disease in Guinea — Preliminary Report)
- Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.39 no.2 Uberaba Mar./Apr. 2006
- Estado de São Paulo – 06/08/2014